Artesanato

A alfaiataria é uma tradição artesanal na freguesia, considerada esta uma arte que se confunde com a história de Portugal, tendo se exercido em várias zonas do país durante várias épocas, continuando nalgumas delas, principalmente para quem gosta de um vestuário mais personalizado e de qualidade acima da média. Cheia de segredos técnicos, embora utilizando instrumentos de trabalho muito simples, como tesouras, réguas, entre outros, mas com uma aprendizagem necessária de longa duração. Na viragem do século XIX para o século XX, a alfaiataria conhece o seu período de ouro em Portugal, tendo progressivamente o vestuário de “confecção em série”, substituindo a perfeição desta arte, que apesar de tudo ainda se mantém.

Junta de Freguesia

Composição:

Presidente Secretário Tesoureiro Pres. Assembleia

Presidente: Jorge Humberto Feliciano Brito Secretário: Rui Paulo Brito Monteiro Tesoureiro: Liseta Maria Monteiro de Almeida Composição da Assembleia de Freguesia: Presidente: Manuel Vidicas Santa Rita 1º Secretário: Verónica Maria Cipriano Ribeiro 2º Secretário: Susete Paula Pereira Pinheiro Aleluia Vogais: Nuno Miguel Perpétuo Marçal Moita, Vítor Manuel Martinho de Matos Alves, Paulo Jorge Ariosa dos Santos, Fernanda Cândida Vaz Torres, Paulo Alexandre Raimundo Franco, David António Silva Antunes

Gastronomia

A freguesia de Ventosa, como Zona de Caça que é, não pode deixar de ser tradição os pratos confeccionados à base de carne, sendo exemplo disso, o Coelho à Caçadora. Coelho à Caçadora Ingredientes: 1 coelho 2 cebolas 200 g de presunto ou de toucinho entremeado 1 kg de tomate 50 g de banha 3 dentes de alho Sal Pimenta Salsa 1 dl de vinho tinto 2 colheres de sopa de vinagre 1 folha de louro Preparação: Quando se mata o coelho deve recolher-se o sangue para uma tigela, onde previamente se deitou o vinagre. Mexe-se e reserva-se. Corta-se o coelho aos pedaços, as cebolas e o tomate ás rodelas finas e o presunto ás fatias. Picam-se os dentes de alho. Num tacho de barro dispõem-se camadas alternadas de cebola, de coelho, de tomate e de presunto, sendo a primeira camada de cebolas. Tempera-se cada camada de coelho com o alho picado, sal e pimenta. Espalha-se por cima a banha, a salsa e o louro. Tapa-se o recipiente e leva-se a cozer em lume brando. Na altura de servira adiciona-se o sangue a que se juntou o vinho. Leva-se ao lume para uma fervura rápida e serve-se com batatas cozidas. Como um complemento para a refeição destaca-se a nível de vinhos, o DOC Alenquer “Vale Riacho”, cuja colheita tinto 95 conquistou uma medalha de bronze na “Vinexpo”, em Bordéus, edição 1997. Destacando-se também o tinto “Encostas da Charneca”, com grande sucesso, e o monocasta “Tinta Roriz”.

Património Turístico

A Quinta do Rossio, é um edifício de dois andares, com características arquitectónicas dos finais do século XIX (com características de arquitectura sóbria e elegante). O corpo central da construção ostenta a pedra de armas da família Carvalhosa. 
Na frente do edifício, encontra-se um belo jardim, e as edificações estão rodeadas por uma densa mata, constituída essencialmente por cedros, eucaliptos e outras espécies de árvores e arbustos, próprios da região. A vinha ocupa uma grande parcela da quinta.
Junto de um reservatório de água que alimenta a quinta, encontra-se a Fonte dos Passarinhos, construção do século XVIII, de planta circular.
A estrutura da quinta conjuga funções de recreio e produção, levando em conta que esta possui um microclima favorável ao desenvolvimento da vegetação exuberante, e com uma qualidade de ambiente fresco e rico em aromas, texturas e cores.

 Igreja da Nossa Senhora da Saúde, em Cortegana, igreja Paroquial da Freguesia. Há alguns anos substituiu a igreja de Nossa Senhora das Virtudes, é um pequeno templo, em que entre as várias características se encontra um retábulo do altar-mor, que é um belo exemplar do século XVIII, de talha policromada, em tons verde, vermelho, azul e dourado, com dois belos anjos nos remates laterais do frontão.
O sacrário, em talha dourada, tem uma porta com um relevo da “Flagelação de Cristos”.
No trono do altar está a Padroeira, imagem de pequenas dimensões.
Ainda no altar, duas imagens setecentistas, “Nossa Senhora da Conceição” e “São José com o menino Jesus”.
Na sacristia, as imagens de “São Bartolomeu” e “Santo Antão”, onde se encontra ainda um belo lavabo do século XVIII.
Numa dependência atrás da capela-mor, encontra-se uma a velha pintura sobre tábua, cujo tema é, “Aparição do Veado e Santo Humberto”, o patrono dos caçadores.
No adro, junto da Igreja, existe um pequeno oratório ligado ao grande culto popular da Senhora da Saúde.

Da igreja de Nossa Senhora das Virtudes, dizem no Concelho de Alenquer, que “apenas restam as paredes laterais, a parede frontal, a capela mor, bastante degradada, e a torre sineira”, a “pia baptismal, de formato oitavado com arestas lisas, os vestígios de lançamento das arcadas que separavam as naves, o arco de um altar lateral e, nas paredes, alguns azulejos enxaquetados assinalam ainda a riqueza do interior desta igreja”. 
No seu espaço interior, existem algumas lages tumulares com inscrições, uma das quais da brasonada família Rebelo de Almeida.
Esta igreja deveria ser restaurada, uma vez que é a matriz da freguesia.

A Igreja do Espírito Santo, em Atalaia, possui uma só torre sineira, com um fachada simples e austera com cunhais e guarnições de pedra.
Nos azulejos do século XVII do frontão triangular superior, encontra-se a representação emblemática do “Espírito Santo” e da “Custódia”.
Os tectos da igreja são em abóboda de berço e as paredes laterais da nave têm revestimento de azulejos.
Na capela-mor há dois painéis de azulejos do século XVIII, representando “A recolha do Maná” e “David e Abigail”.
Sobre o púlpito de madeira, encontra-se uma figuração de “Pentecostes”.
No coro, estão quatro telas de grande dimensão, com os temas: “Calvário”, “Deposição no Túmulo”, “Oração no Horto” e “Cristo encontra a Verónica”.
O altar-mor tem um retábulo muito simples, do século XVIII, com talha policromada a azul e ouro, e uma imagem de “Santana com a Virgem”, em madeira estofada e policromada.
Na sacristia, encontra-se um bela peça de madeira policromada do século XVIII, que é uma imagem de São Pedro de grandes dimensões.

A Igreja de Santo António, na Labrugeira, foi completamente restaurada na década de setenta. Destaca-se a bela banqueta do altar-mor.
No templo há duas belas imagens, a de “São João Baptista” em madeira policromada (século XVIII), e um “Santo António”, de grandes dimensões, de madeira estofada e policromada com olhos de vidro.
Dentro de uma redoma de vidro, está uma pequenina imagem de “Nossa Senhora da Conceição” do século XVIII, de madeira estofada e policromia.
Numa dependência desta igreja, existem outras imagens, como “Nossa Senhora” e “Santo Amaro”, do século XVII, ainda, “São Sebastião” e “São Pedro de Alcântara”, do século XVIII.

Na Igreja de Nossa Senhora da Salvação, em Casais Galegos, de estrutura pequena e simples, encontra-se uma imagem da Padroeira.

A capela de São Jorge, situada num sítio ermo, a alguns quilómetros da Labrugeira, tem no altar-mor um São Jorge muito repintado, e numa pequena edícula lateral, uma representação equestre de São Jorge calçando o dragão. Pela armadura do cavaleiro, poder-se-á considerar do século XVII e XVIII. 


A Igreja de Santa Isabel, em Vila Chã, possui uma invulgar e bela imagem da “Rainha de Santa Isabel”, em madeira policromada.

A Igreja de São José, em Penedos de Alenquer, pequenina, muito cuidada, restaurada, há poucos anos, mas tem um só altar, muito simples e três imagens, de São José, Menino Jesus e Nossa Senhora da Conceição.

A Igreja de São Gonçalo, em Freixial de Cima, tem um só altar, muito simples e com uma imagem de São Gonçalo.
Em Agosto de 1998, a igreja foi fechada para obras de restauro e reinaugurada a 12 de Dezembro de 1999.

Simbologia

Armas - Escudo de verde, armação de moinho de negro, cordoada e vestida de prata, acompanhada em chefe de duas cruzes da Ordem dos Templários, de vermelho, debruadas de prata, e em ponta de uma estrela de oito pontas de ouro, dentro de uma caderna de crescentes de prata envolvida por dois ramos de videira, folhados e frutados de ouro. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda a negro, em maiúsculas : “ VENTOSA - ALENQUER “.

As cruzes da Ordem dos Templários - Ventosa foi, tanto quanto se sabe, terra dos Templários. Fazendo parte de uma vasta região agrícola, rodeada por montes e vales, é rica na produção de vinho. 

A armação de moinho - Os moinhos alcandorados, marcam a paisagem e fazem supor que também os cereais fazem parte da produção agrícola.

A estrela de oito pontas, a caderna de crescentes e os ramos de videira - Particularmente na vinha há a registar a figura do Visconde de Chanceleiros, Sebastião José de Carvalho, que revolucionou por completo a sua cultura. Traçou e executou um notável plano de substituição de cepas, preocupado com a total erradicação da filoxera. O Visconde de Chanceleiros aqui viveu e faleceu. Usava como brasão, as armas dos Carvalhos, que tem como peça principal uma estrela de oito pontas, de ouro, dentro de uma caderna de crescentes.

Bandeira - De branco, cordões e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro.

Património

Festas e Romarias: 

Santo António, a 13 de Junho na Labrugeira.

Nossa Senhora da Saúde, a 15 de Agosto, na Cortegana.

Círio da Labrugeira à Capela de São Jorge, no último fim-de-semana de Agosto.

Círio de Vila Chã, Labrugeira e Casais Galegos à Senhora da Misericórdia, a 7, 8 e 9 de Setembro.

A Feira de Santo António, em Labrugeira, que se realiza todos os anos a 13 de Junho, continua a fazer parte dos costumes da população.

Feiras: 

Anual (13 de Junho).

Património cultural e edificado: 

Igrejas de N.ª Sra. das Virtudes e de N.ª Sra. da Saúde, capelas do Espírito Santo, de Santo António, de S. Jorge, de S. José, de S. Gonçalo, do Mártir S. Sebastião e de Santa Isabel, Quinta do Rossio e diversas outras quintas com casas solarengas, cruzeiro, chafariz da Atalaia, moinhos de vento e vestígios pré-históricos.

Colectividades:  Centro Social Recreativo e Cultural “ Flor da Aldeia”, Centro Social Recreativo e Desportivo de Vila Chã, União Recreativa e Desportiva de Atalaia, União Desportiva e Recreativa de Penafirme da Ventosa, União Recreativa Progresso de Parreiras, Grupo Recreativo Flor de Maio, - Labrugeira, Clube Recreativo de Penedos de Alenquer e Associação Recreativa de Freixial de Cima. Rancho Folclórico: Os Ranchos Folclóricos, são outras das ricas tradições desta freguesia, com trajes inspirados nas vestes usadas pelos moleiros e pelas camponesas, essencialmente. As letras das cantigas eram recolhidas junto da população local. Como descrição da bela freguesia, nada melhor que relembrar para uns ou, dar a conhecer a outros, a Marcha do Centro Social Paroquial de Nossa Senhora das Virtudes de Ventosa. Ventosa, já teus avós te cantaram os teus filhos te abraçaram  e te chamaram formosa. Ventosa, estás mais bela com o tempo teu namorado é o vento e tu um botão de rosa. Refrão Ventosa, Ventosa, Ventosa teu namorado é o vento e tu um botão de rosa. Ventosa, és tão igual e diferente ao gosto de toda a gente que te quer cantar num verso Ventosa, trabalha todos os dias as noites são de alegrias e bailas com universo.  (Refrão) Ventosa, verdes campos, loiros trigos o teu vinho faz amigos és um leito de harmonia. Ventosa, o teu povo cheio de amor junto no mesmo calor de terna sabedoria. (Refrão) Ventosa, agora já posso ver o nosso lar a crescer e um sonho a despertar. Ventosa, em cada canto um amigo pois irei viver contigo dar-te a mão quando acordar. (Refrão) Nota: repete a primeira e a última quadra.

História

O padroeiro da freguesia de Ventosa é a Nossa Senhora das Virtudes, tem 3.100 habitantes em que 2.002 são eleitores.

A freguesia tem uma área de 22.1 Km2, com colinas e encostas verdejantes, de vinhedos povoados por velhas e numerosas quintas, de exuberante e pitoresca paisagem, levaram a considerá-la, a “Sintra do Alto Concelho”.

Tanto na mencionada Quinta do Rossio, como em outras situadas na freguesia de Ventosa, o gosto pelo estilo romântico, de uma época considerada de ouro, originou constantes reuniões de artistas, escritores, poetas, oradores, conhecidas como tertúlias.

Dois dos ilustres que habitualmente visitavam estas quintas, como, o poeta João de Deus e o pintor Ribeiro Cristino, ficaram fascinados com a beleza da paisagem local.

Também os Ventosenses, António Máximo Lopes de Carvalho, nascido na Quinta do vale, em Labrugeira, e João Franco Monteiro, nascido na Quinta da Mourinheira, em Cortegana, se teriam igualmente deixado deslumbrar pela beleza da sua localidade.

Localização geográfica

Ventosa, freguesia situada a 12 Km da sede de concelho, com uma área de 2.210 hectares.

Sendo a mais populosa da região do Alto Concelho, é constituída pelos seguintes lugares:

• Penedos de Alenquer;
• Labrugeira;
• Penafirme de Ventosa;
• Quentes;
• Atalaia;
• Cortegana;
• Penusinhos;
• Freixial de Cima;
• Vila-Chã;
• Casais Galegos;
• Parreiras;
• Pousoa.

Como freguesias vizinhas, tem:

• Vila Verde dos Francos;
• Aldeia Gavinha;
• Aldeia Galega da Merceana;
• Olhalvo;
• Cabanas de Torres.

Blog

Este é um blog onde vou publicar informações sobre a minha freguesia.
Foi proposto pelo professor de Área de Integração, António Costa a realização de um blog sobre o tema: Regiões.

Os temas propostos pelo professor foram:

Localização geográfica;

Descrição da paisagem:

• Elementos físicos (vegetação; hidrografia; relevo);
•  Elementos humanos (Nº de habitantes; taxas de natalidade e mortalidade);

 Património: 

• monumentos, construções, lugares, gastronomia, linguagem;

 Actividades económicas: 

• sectores de actividade, população activa – dados estatísticos.

Sede da Junta de Freguesia: Rua Visconde Chanceleiros, n.º 7 - Cortegana                  2580-403 VENTOSA - ALENQUER

Tel.   263 769 515      Fax: 263 769 018 Este blog foi baseado no site da Freguesia de Ventosa - Alenquer http://distritosdeportugal.com/lisboa/ventosa_alenquer/